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quinta-feira, 8 de março de 2018

Estavas caladinha que estavas muito bem

Ontem à noite em conversa com o hubby:
 
- Olha que amanhã é dia da mulher!
- Ai sim, e depois?!
- Quero um presente!
- Não há presentes...
- Pelo menos uma flor...
- Eu prefiro dar presentes sem ser nestas datas...
 
Hoje às 7 da manhã tinha este desenho maravilhoso na cozinha
 

Não foi ele que o fez, obviamente, mas partiu dele a ideia de o mandar fazer e eu simplesmente adorei. Acho que foi o presente mais belo e inesperado que alguma vez recebi!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Do avançar dos anos


Ela tem 84, ele tem 87 e partilham a rotina há 66 anos, a idade do meu pai.

Foi para casa deles que eu fui com 3 meses de idade e onde ficava enquanto os meus pais iam trabalhar. A escola sempre foi lá perto e era para onde voltava quando não tinha aulas, para almoçar ou nas férias. Foi assim até acabar a faculdade, já na casa dos vinte anos.

Ela sempre foi uma regateira de primeira, ele sempre paz de alma, mais apaziguador e paciente.

Era ela que me levava a tomar um pinguinho ao café, que me ensinou a fazer renda e a coser à máquina.

Era ele que levava o meu irmão a dar milho às pombinhas, a passear de autocarro ou ver os comboios à estação.

Agora custa-me entrar em casa deles e já não sentir o cheiro característico a naftalina, o "cheiro a casa da avó Dete e do Buzinho"... O cheiro agora é mais intenso, cheira mais a mofo, como se a própria casa nos lembrasse que eles estão tão envelhecidos como ela.

Custa-me falar para a minha avó e sentir nitidamente que a mente dela já não acompanha o meu raciocínio... Muitas vezes ela não responde ao que eu pergunto, porque não ouve, ou porque não percebe nem acompanha a minha conversa...

Custa-me ver o meu avô a andar curvado para a frente, mas com a convicção que ainda tem uma dúzia de anos a menos e que as ruas ainda são todas dele para as palmilhar. Ele não se vê com 87 anos, tenho a certeza disso, na cabeça dele ainda tem uns 70...

Eles continuam completamente independentes e eu por vezes continuo a vê-los como sempre foram... outras vezes consigo ver todas as fragilidades que lhes apareceram.

Ele continua a passear todas as tardes... Ela continua a fazer a lida da casa sozinha no seu vagar... como sempre foi, a vida toda.

Custa-me ver que lhes custa que o corpo e a mente envelhecidos já não respondam como dantes e custa-me que isso lhes custe.

Custa-me acima de tudo ver a amargura que se apoderou dela neste fim de vida e custa-me ainda mais sentir que ela está à espera de morrer... esta já não é a avó Dete que conheci.

Hoje ele fez 87 anos e disse Espero de hoje a um ano estar aqui a fazer mais um brinde!

Ela fez em outubro 84 anos e disse Se vocês soubessem qual foi o desejo que pedi quando apaguei as velas...

Eu sei o desejo que ela pediu. Só queria que o nosso senhor se lembrasse de mim! Ela não o disse dessa vez, mas de tantas que já o ouvi, sei que foi esse o desejo dela.

Custa-me que a minha vontade de ir lá tenha reduzido drasticamente, apesar de continuar a ir. Por um lado, sei que gostam da nossa visita, mas ao meu eu egoísta custa ver o definhar progressivo daquelas pessoas que me criaram...

sexta-feira, 17 de março de 2017

Acabou-se o sossego!!


Aquela menininha quietinha no seu cantinho, da qual eu sabia tudo o que se passava naquela cabecinha deu lugar a uma mini-mulherzinha adolescente com ideias bem assentes e desejo de crescer.

Já tem pequenos assuntos que opta por não partilhar comigo (e que eu respeito) apesar de saber que pode sempre dizer-me absolutamente tudo e que terá o meu apoio ou pelo menos a minha orientação.

Está neste momento em casa com umas amigas a fazerem o almoço pela primeira vez, enquanto tiveram 3 (!!) furos seguidos.

Começou há pouco tempo a fazer o percurso escola - casa sozinha a pé, com todas as inquietações que isso me provoca a mim, super-mãe-galinha...

Sim, eu já sei que com a idade dela muitos já estão fartos de andar para todo o lado e blá-blá-blá e eu com a idade dela já fazia sei lá quantos quilómetros de autocarro e blá-blá-blá e hoje em dias os miúdos são super-protegidos e blá-blá-blá...

Sim, sim, eu aceito tudo isso e também o digo... MAS... isso é nos outros. Ela é a minha menina pequenina com quem eu me preocupo, pelo menos enquanto não estiver habituada a ter a asa assim um bocadinho mais levantada.

Sei que posso confiar plenamente nela, nunca me deu razões nenhumas para não o fazer (quando/se tal acontecer, o caso muda de figura, claro). De entre todas as coisas, o que eu mais me orgulho dela é o facto do seu amor-próprio estar bem lá no alto. Ela gosta dela própria sem no entanto roçar o narcisismo e esse é um feito que eu me orgulho de ter cultivado.

Não sei bem se estou preparada para a próxima fase, mas vamos lá a ver...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Da (falta de) rotina


A Bia está doente desde terça.

Acho piada às opiniões alheias que acham estranho eu ficar em casa com ela apesar de a poder deixar com os avós. Eu sempre achei que uma criança doente quer sempre a mãe perto. Não é o pai, não é a avó ou o avô é a mãe. E mesmo já sendo uma autêntica adolescente, nem eu me sentia bem se não ficasse a cuidar dela.

Não critico quem opta por recorrer à ajuda preciosa dos avós, simplesmente não é para mim, pronto!

Ora, são já 3 dias em casa 24/7 longe das rotinas habituais e confesso que a "dieta" foi completamente por água abaixo.

Podia ter aproveitado para fazer umas sessões de elítica, mas preferi passar hooooras no sofá a adiantar o meu tapete de ponto de cruz.

Podia ter-me entupido de litradas de água e chás, mas até ao almoço ando a tentar acabar com os sumos da festa de aniversário.

Podia ter-me dedicado às sopas e às saladas, mas não, fiz comidinhas boas só porque sim e fartei-me de petiscar porcarias pouco tempo depois do almoço por puro aborrecimento.

Conclusão: ficar em casa dá cabo do esquema. Gosto muito de tratar da minha filhota, mas já sinto falta da minha rotina. Consigo controlar-me muito melhor fora de casa, sem dúvida nenhuma.

A princesa já está como nova e voltamos a entrar nos eixos brevemente.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Do juízo


Eu: Queria fazer outra tattoo...
Bia: Também quero...
Eu: Quando fizeres 16 anos...
Bia: 18...
Eu: Tens mais juízo do que eu :-D...

Desta vez queria tatuar o interior do pulso direito, algo que simbolizasse o meu amor próprio, a minha autoconfiança.

Gosto imenso desta... vamos ver

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ajudar os filhos a estudar!



Há quem seja a favor, há quem seja contra... eu pessoalmente acho que independentemente do que os "entendidos" dizem, cada um deve fazer o que funciona consigo.

A Bia anda no 9º ano e sempre a ajudei a estudar algumas disciplinas mais chatas.

Matemática e Físico-Química, por exemplo, nunca estudei com ela! Mulher de letras que sou, sempre rezei para que ela não me pusesse nenhuma questão e que se desenrascasse entre as aulas e o ATL. Tem corrido bastante bem.

Depois há aquelas disciplinas que ela aprende só de ouvir tipo Inglês, Francês, Português. Tal como eu, ela tem talento natural para as línguas, adora Inglês, tem um vocabulário fantástico para a idade (obrigado Twitter, amor pela música e afins) e, também tal como eu, apesar de também ter talento natural para Francês e ter notas excelentes, diz que não gosta da disciplina. Engraçado que eu só comecei a gostar mais de Francês na faculdade quando comecei a ter aulas com professores e colegas nativos.

Depois há as disciplinas chatas História, Geografia e Ciências; as disciplinas cujo melhor método de estudo são os resumos. E é nestas que eu a ajudo e não me arrependo disso.

No ano passado fiquei completamente passada por me terem chamado a atenção a isso, de insinuarem que eu estava a cortar as asas à miúda por ainda, nesta idade, a ajudar com os resumos. Disseram claramente que lhe estava a cortar a autonomia e se era minha intenção ajudá-la sempre...

Se ela sentir necessidade que eu a ajude, é claro que é minha intenção fazê-lo! E não vejo mal nenhum nisso! A prova disso mesmo é que ela é uma aluna acima da média. Eu não aprendo por ela nas aulas, não faço os testes por ela, simplesmente tento melhorar o que ela já tem de bom. Não é essa a função dos pais?

Esta miúda é uma fotocópia minha, mas em melhor.

Eu era uma aluna mediana, tinha 3 por pura preguiça, não tinha quem puxasse por mim. Os meus pais só queriam saber quando eu tinha teste e depois qual tinha sido a nota, de resto, estava entregue a mim.

Ela é uma aluna de 4 / 5. Às vezes, depois de um teste ela manda-me uma mensagem a dizer "correu mal" e eu só digo "deixa lá, para a próxima corre melhor" porque eu sei (e ela também sabe) que fez o melhor que sabia. Corre mal, acontece! Não quero que ela se martirize por isso. No último teste de Geografia disse-me que não tinha corrido muito bem porque tinha estudado pouco. Agrada-me imenso que ela reconheça isso por ela própria e tenho a certeza que da próxima faz de maneira diferente.

Além de ser uma miúda inteligente, ela própria gosta de saber que faz o melhor que pode. Sei que isso lhe dá prazer.

Não quero com isto dizer que não tem vida além disto, muito pelo contrário!

Esta semana vai haver teste de História, Ciências e Inglês, então no sábado estudou-se Ciências e no domingo História. Ficar de pijama o dia inteiro no sofá com a manta por cima e a filha ao lado, é um dos meus maiores prazeres da vida, mesmo que seja a estudar a I Guerra Mundial :)

Os próximos 2 fins de semana vão ser de descanso absoluto! Só música, filmes e passeio...

O estudo é somente uma parte pequena da vida dela, a Bia tem muito mais para além disso.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Para mais tarde recordar

Deitadas cada qual na sua cama a trocar fotos e mensagens no Twitter

Se há dúvida que não tenho é que eu nasci para ser Mãe. 

São já 14 anos de um ser moldado com infinita ternura. E esse amor que eu julgava que se fosse acalmando com o passar dos anos, tem laivos constantes de paixão assolapada.

- Não dês tanto colo à menina que ela vai ficar mal habituada!
Tanta vez ouvi esta frase da minha mãe e da minha avó quando a menina nasceu! De todas as vezes a ignorei! A Bia adormecia sempre aconchegada no meu colo.

- Ela está tão cosida contigo... depois vai custar-te muito...
Depois logo se vê! Tenho um laço com esta miúda como nunca imaginei ser possível. Às vezes tenho medo de não ter espaço no meu coração para tanto amor.

- Mãe, quero mostrar-te esta música/vídeo... Gostas?...
(1 semana depois) Então, já pesquisaste mais o que te mostrei?... Gosto mesmo disto!
Eu deixo de passar um cesto de roupa a ferro para ficar sentada no sofá com ela a ver o This is us dos 1D porque afinal os moços de boyband oca não têm nada e o Harry Styles não é o convencido que eu pensava, mas sim um fofinho com uns olhos e um sorriso lindos!
Podes gostar dos 1D e estar na lane do Harry, desde que não estejas na lane do Louis, essa é a minha!...

E o hubby olha para nós embevecido e com três pensamentos simultâneos: WTF?! e Já não me bastava uma, agora são duas! e ainda Olha para elas, não vivem uma sem a outra...

- Queres ir sair no fim de semana, filha?... - Sim, vamos andar de carro as duas!
Nós as duas, eu a conduzir, ela ao meu lado, música a tocar suficientemente alto para ela não me ouvir a cantar e lá vamos nós... sem destino, sem hora de regressar!

- Gostas que eu me interesse pelas tuas coisas ou achas que me estou a intrometer demais?
Sim, eu pergunto-lhe! A Lena de 14 anos era tão diferente da Bia de 14 anos! A Lena já estava fechada na concha parva da adolescência; já não dava troco aos pais. A diferença de mentalidades era brutal e chocávamos imenso. A Bia de 14 anos sabe que pode contar tudo à mãe sem medo de julgamentos. Sei que eventualmente ela se vai fechar, porque todos temos a concha parva da adolescência no adn; já reparei que se fechou para a maioria das pessoas, mas comigo continua a ser a mesma.

- A tua filha vai comprar umas botas pretas? Ela já anda de calças pretas e muitas vezes de camisolas pretas... ai não deixes...
Ela veste o que gosta, mãe! E depois se agora gostar de se vestir de preto de vez em quando, qual é o mal? Posso dar-lhe a minha opinião, mas não a obrigo a nada. Conheço bem a menina que está por detrás das roupas... e é a mesma!

- Ai mãe só tens roupas infantis!!
Essa fez-me rebolar a rir! Realmente, eu tenho camisolas com o Mickey, com florzinhas e roupas mais pipizinhas... tenho uma t-shirt que diz "I'll never be too old for Disney!" E comprei porque é verdade!!

At fourty I feel like fourteen!!
Como se estivesse agora a viver uma segunda adolescência com a liberdade que não tive na primeira e com a vantagem de a estar a partilhar com a minha pessoa preferida.

Mum goals!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

After party


Setembro é um mês recheado de acontecimentos = festas = abusos = restos booons...

Se no sábado passado a festa foi com a família para o hubby e a filhota, este sábado a festa será exclusivamente para as amigas adolescentes da filhota = mais restos...

Eu tenho um grande problema: acho sempre que faço pouca comida porque não quero que fiquem muitos restos, mas como também não quero que falte nada, acabo sempre por pôr mais isto e mais aquilo e acaba por sobrar coisas que não fazem parte da nossa alimentação diária.

Cá em casa não se desperdiça comida, portanto os restos foram todos aproveitados a muito custo (not), porque um dia (ou dois) não são dias... e porque afinal foram duas festas em uma :))

Nos entretantos voltamos à alimentação regrada e tentamos arranjar artimanhas para que a preguiça não faça estragos no planeamento das refeições (assunto para outro post).

Amanhã vai ser outro dia com direito a tudo que os adolescentes gostam, porque é um dia de festa e porque um dia não são dias. Só espero que os restos não sejam muitos...

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Do dia em que a minha vida mudou


Pouco passava da meia-noite quando acordei com uma vontade estranha de ir à casa de banho. Sentei-me na sanita e sem esforço nenhum senti o chichi a sair... não, afinal tinha-me rebentado as águas.

- Talvez não seja isso, vamos esperar um bocadinho para ver se esta pressão estranha na barriga pára. Não parou, continuou em intervalos regulares, eram as contrações...

Nessa tarde, a obstetra tinha andado a mexericar lá por baixo para tentar apressar a coisa e a indução estava, de qualquer modo, marcada para a manhã seguinte às 8:00 na Maternidade.

Na confusão, o carro virou para o Hospital de S. João, era mais perto.

- Estou, D. Alice, vamos a caminho do Hospital, a menina vai nascer...
- Para que é que estás a inventar Luís, ainda há bocado saí daí de casa e estava tudo normal...
A minha mãe nunca mais dormiu.

Desta vez não consegui descer as escadas para o piso da obstetrícia pelo meu pé. A dor era chata, um aperto estranho no fundo da barriga.

- Ora bem, está em trabalho de parto, sim senhora, mas isto ainda vai demorar umas horitas. Pode ficar ou pode voltar mais tarde se quiser.

Fiquei, claro. Deviam ser umas 2 da manhã. Até me darem a epidural foi um tormento... eu estava descontrolada, essa cena de controlar a respiração deve funcionar, mas eu não me conseguia concentrar.

Estou cheia de sede, tenho calor... ele sopra-me na cara para me refrescar(?)...
- PÁRA COM ISSO!!
- Ó menina, ele não tem culpa!...

Finalmente vem o anestesista. Não me posso mexer para tomar a epidural, coisa quase impossível no meio de contrações dolorosas. Já está!

Engraçado, belisco as pernas, sinto a pressão, mas não a dor! A partir daí, só o monitor regista as contrações, eu já não as sinto.

Consigo dormir algumas horas enquanto ele, coitado, olha para a televisão na sala ao lado, não deve estar a ver nada.

Oito da manhã, muda o turno e o corropio no meu quarto recomeça, agora com outras caras. Agora várias pessoas entram e saem amiúde.

- É agora, vamos a isto. Quando sentir as contrações faça força!
Eu não sinto as contrações, o monitor é que as indica.
- Faz força agora! Mais uma vez e já está!
Só me lembro de várias pessoas à minha volta e um médico novo a fazer força com os braços no topo da minha barriga a empurrar a bebé para baixo.

Não sentia dor nenhuma. Sentia a pressão do corpinho dela e senti nitidamente as perninhas a sair. Nunca me hei-de esquecer dessa sensação.
- O pai quer cortar o cordão?
- É melhor não. A voz treme-lhe.

Vejo-a pela primeira vez. Os olhos enormes muito abertos e a linguazinha fora e dentro a lamber os lábios. Tão linda. Tão perfeitinha a minha Bia!

Eram dez horas certinhas!

Enquanto tratam de mim, vejo que a embrulharam e colocaram numa mesinha à espera do primeiro abraço. Ela continua com os olhos muito abertos e a linguazinha de fora, muito atenta aos barulhos que a rodeiam.

Ainda senti a darem-me os últimos pontos, o efeito da epidural já estava a passar, mas eu já só pensava no momento seguinte.

Deitei-me de lado com a Bia junto a mim. Ela estava ali. Parecia mentira. Procurou logo a maminha, como se fizesse isso a vida toda :) e ali ficamos um bom bocado só a olhar para ela, como se não existisse mais nada no mundo.

Foi precisamente há 14 anos atrás! Parabéns minha princesa! Adoro-te miúda!!

domingo, 4 de setembro de 2016

Growing up


Ontem a princesa foi pela primeira vez de metro para a Baixa do Porto com as amigas.

Depois de 21 dias juntas noite e dia, lá foi ela toda contente celebrar o aniversário de uma das amigas. Fartaram-se de passear no Porto, foram até à Ribeira, passaram para Gaia, apanharam o metro e vieram para casa.

Eu fiquei em casa, surpreendentemente, descansada. Pensei que quando este dia chegasse eu fosse ficar nervosa, sempre de olho no telemóvel, a pensar onde ela pudesse estar, mas afinal, não.

Fiz uma maratona de Anatomia de Grey, passei a ferro, fiz umas bricolages que estavam na gaveta há algum tempo, pastelei no sofá, arrumei a casa, enfim, o que me deu na real gana.

Confesso que com a idade dela já eu estava fartinha de andar sozinha pela cidade, andava de autocarro e demorava montes de tempo a chegar a casa por ficar na conversa com as amigas. Mas os tempos são outros, eu pelo menos tenho tendência a protegê-la e ela também não mostra grande vontade de andar por aí sozinha.

Às vezes acho que lhe devia dar um empurrão, fazê-la sair da sua zona de conforto e fazer com que ela começasse a desenrascar-se sozinha. Mas na maioria das vezes acho que ela tem muito tempo para isso e deixo-a desenvolver-se ao ritmo dela.

O mais importante é que me senti segura neste primeiro passo. Aos olhos de muitos, isto é uma insignificância, mas para mim é um passo enorme. E o mais importante no meio disto tudo é que me senti segura porque confio plenamente nela.

sábado, 27 de agosto de 2016

De coração cheio

No seguimento do post anterior...

Making teenage dreams come true
Radiante por ter feito parte da realização deste sonho.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Desta coisa de ter filhos adolescentes

Há cerca de 2 anos a minha filha começou a falar com uma miúda que conheceu num grupo no facebook e daí nasceu uma linda amizade virtual.

A Bia fala-me dela como de uma qualquer amiga real com a grande vantagem que partilham os mesmos gostos e com a grande desvantagem de viver a 300km de nós, o que torna impossível o abraço físico.

Claro que a minha reação inicial a esta amizade virtual foi ficar de pé atrás. Afinal, por detrás de um écrã qualquer um pode ser o que quiser, mas com o tempo, passei a encarar a Carlota como uma qualquer outra amiga que a minha tem na vida real.

A miúda segue-me no fb e no twitter (por iniciativa dela, não sou daquelas mães cola) e chega a comover-me a amizade que têm uma pela outra.

Mais do que ninguém, eu compreendo plenamente a amizade virtual. Foi neste mundo que eu me apoiei numa fase em que me senti incompreendida na vida real. É aqui que eu consigo ser 100% transparente sem medo de juízos de valor.

Este fim de semana, ao voltar ao Porto, é minha vontade fazer o desvio necessário para realizar o sonho destas duas adolescentes: o abraço real há muito desejado.

A Carlota ainda não sabe se a mãe autoriza o encontro e isso deixa-me triste. Sim, eu compreendo que a mãe dela possa ter os mesmos receios quanto às amizades virtuais da filha, mas se ela, como eu, soubesse o quanto uma significa para a outra, acho que não hesitava.
Especialmente numa época como a de hoje, com tantos perigos escondidos por detrás do écrã de um simples telemóvel, acho muito mais importante acompanharmos os miúdos de perto (sem passar a barreira da privacidade) do que proibir tudo e mais alguma coisa. A confiança é a base de um bom entendimento.

Entristece-me saber que há pais que não estão a par das vidas dos filhos.

Eu nào quero ser a mãe-galinha-chata-cola-que não deixa respirar, mas quero continuar a ser o porto seguro da minha filha.

Gosto que ela partilhe comigo os detalhes da sua vida, os gostos, as preocupações, as alegrias e as desilusões.

Bem sei como isso me faltou a mim e como me marcou, mas isso já é assunto para um outro post.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

domingo, 24 de julho de 2016

Custa-me sempre imenso... mas hoje ainda mais...


Destralhar as coisas da minha filha: odeio! 

Guardar as roupas que já não lhe servem... os brinquedos com que já não brinca... os livros que já não lê... os filmes que já não gosta... detesto!

Lembra-me de que ela está a crescer, que já não é a minha menina pequenina. Que daqui a pouco abre as asas que já são tão grandes e começa a voar.

Odeio! Custa-me sempre imenso!

Cá em casa temos uma divisão a que sempre chamamos quartinho dos brinquedos que nada mais é do que uma casa de banho com um tamanho razoável que decidimos transformar num +1. Coisas que ela já  não queria no quarto, mas que eu ainda não estava pronta para dar, basicamente migravam do quarto para o quartinho dos brinquedos. 

Esta semana decidi transformar o espaço numa divisão mais funcional e organizada, estava toda entusiasmada a planear tudo, comprar o que queria no IKEA, montar móveis, pintar uma estante existente, tirar o que estava lá dentro, tirar o chão de vinil... até que ao ver o quartinho dos brinquedos vazio, deu-me um aperto no coração, sentei-me no chão e desabei completamente. 

Nunca mais este espaço vai ser o quartinho dos brinquedos. A menina pequenina que aqui morava deu lugar a uma jovem serena mais metida no seu canto e que não quer mais brincar com a Sofia, nem com as panelinhas, não quer que eu lhe leia o piu meio (capuchinho vermelho) nem quer ver o Pooh do Natal pela centésima vez. E isso dá-me uma saudade imensa...

Sei que ela ainda quer a minha companhia para tudo! Ela quer que eu veja o vídeo novo dos 5SOS, quer que eu ouça a música que descobriu agora dos One Direction e que veja o novo penteado do Harry Styles, quer que eu veja se gosto do Andy Biersack para expandir os meus horizontes, diz ela... Sei que ela gosta que eu tenha os gostos dela, dá-nos assunto para falar durante horas!

Mas já não é a minha menina pequenina que eu conseguia encaixar no meu colo, que adormecia na sala no meu peito e que eu ainda conseguia levar ao colo para a cama...

E é essa saudade que me fez desabar... não que eu não goste que ela cresça, não é isso... eu tenho é saudades dela pequenina... porque eu ainda gosto do Winnie the Pooh e do Ruca do Natal, mais do que filmes, são momentos que partilhamos as duas... ela é que já não gosta...

Neste momento o quartinho dos brinquedos está a meio, não consegui continuar sem extravasar os sentimentos aqui, onde me consigo acalmar.

Lágrimas choradas, é altura de continuar... sim, porque neste momento o meu quarto está neste belíssimo estado:


Vamos ver se há um antes e depois dentro de alguns dias.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Desta cena da reeducação alimentar


Nos últimos tempos a impressão que me dá é que eu ando a fazer a DESeducação alimentar em vez de seguir a REeducação que me custou tanto a interiorizar...

Ele é suminhos, chocolatinhos, bolinhos, batatinhas fritas, folhadinhos... bota tudo!!

Sabes quando fazes um grande esforço e tens uma alimentação clean durante 2 dias, esses 2 dias custam-te horrores como se estivesses a fazer o desmame da droga que é o açúcar, mas o 3º começa a ser melhor e a partir do 5º dia já não te custa nada?...

Pois o contrário deveria ser igual, mas não é. Os primeiros 2 dias a comer porcarias não custam absolutamente nada e a seguir não consegues é parar... as drogas que são o açúcar, o sal, as gorduras, além de chamarem por ti, estão disponíveis em praticamente todo o lado sem teres de recorrer a um qualquer dealer manhoso.

E sair deste ciclo é difícil... muito difícil...

Para ajudar à festa, a sôdona inércia proíbe-me de encher o frigorífico com frutas frescas e legumes viçosos, obriga-me a pastelar no sofá e impele-me a abastecer a despensa com porcarias...

É certo que o tempo chocho não tem ajudado nada à festa... os dias ainda frescos e cinzentos não puxam por nós... os fins de semana fechados em casa entre trabalhos de casa e estudos de última hora não dão ânimo às tropas... a primavera que ainda não o chegou a ser não adoça as frutas da época de que eu gosto tanto e faz-me virar para as lambarices...

Sei que me cabe a mim dar o primeiro passo para dar a volta a isto. E é precisamente o que vou fazer.

Hoje vou à feira abastecer-me dos legumes viçosos e das frutinhas sumarentas.
O sol, se vier finalmente para ficar, vai encher-me de vitamina D.
O último teste do 8º ano vai ser feito amanhã, por isso os fins de semana serão de descontração nestes 4 meses.
E eu vou tentar enxotar a sôdona inércia cá de casa e por toda a família a mexer porque a deseducação tem minado a família inteira e isso não pode ser...

Vamos lá!!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Foi a put@ da loucura...

O Sr. Adam Levine não desiludiu...

Ainda eu estava na cama às 7:30 de sábado e já me arrepiava a ouvir a chuva e a trovoada que caíam lá fora...

Felizmente o autêntico dia de inverno ficou por terras a norte do Douro e lá fomos assistir a três a mais uma edição do Rock in Rio.

Íamos com ideias de nos divertir a percorrer o recinto, mas curiosamente (nem sei como) fomos dos primeiros a entrar e a grade em frente ao palco mundo ainda estava com tanto espaço livre que decidimos abancar lá e mais uma vez ficar na primeira fila.

Foi a 5ª vez que fui assistir a um espetáculo na Bela Vista, foi de todos o melhor lugar que apanhamos e foi de longe a vez em que a espera menos me custou.

Gostei imenso do musical com a história do RiR...
Adorei os D.A.M.A. que atuaram debaixo da maior chuvada da noite (benditos impermeáveis) para uma plateia já bastante compostinha...
A Ivete Sangalo é uma fonte de energia, sem dúvida nenhuma, e para quem conhece/aprecia o tipo de música, é sem dúvida um belo show...
Os Maroon 5... ora bem, nessa altura já lá estavam as 85 mil pessoas atrás de nós a delirar. É daquelas bandas que pensas OK devo conhecer umas 4 ou 5 músicas, mas à medida que vais ouvindo os acordes vais pensando Ah é verdade esta também é deles... também conheço esta... O homem tem uma voz espetacular e mantém aqueles agudos au point.

Foi muito bom!! Foi cantar as músicas todas que conhecia a plenos pulmões e braço no ar o tempo todo!

Caímos na asneira de fazer a viagem de volta ao Porto logo a seguir ao concerto, estávamos todos rotos e chegamos a casa às 6:30 da manhã... para isto sim, já não tenho idade... tirem-me as minhas horinhas de sono, tiram-me tudo!

Domingo foi dormir a manhã toda e 2 sonequinhas no sofá durante a tarde enquanto a filhota (coitadinha) se entretinha a estudar. Foi a pastelice total... Hoje bem que precisava que fosse sábado outra vez para recuperar...

segunda-feira, 4 de abril de 2016

De coração cheio


* Conversa com a filha sobre eu gostar da música que é neste momento o mundo dela, nomeadamente 5 Seconds of Summer - que adoro de paixão - R5 e ultimamente One Direction * :

Ela: Eu gosto que tu gostes das mesmas músicas que eu... Faz-me sentir que somos mais unidas por partilharmos os mesmos gostos...
Eu: A sério?! Não tens vergonha que as tuas amigas te chamem menina da mamã? Ah e tal ela vai a concertos com a mãe e ao cinema com a mãe, que mimalhona... não tens medo que te vejam assim?
Ela: Quero lá saber o que os outros pensam! Gosto de poder falar contigo sobre estas coisas e de partilharmos tudo isto.
Pai: As amigas devem é ficar com inveja de não terem uma relação destas com a mãe...

Só posso estar de coração cheio!!... Lembro-me bem de ter 13 anos e a relação que tinha com a minha mãe era tudo menos isto...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Os pormenores fazem toda a diferença


Houve um tempo em que a filha era uma autêntica princesa cor de rosa... Absolutamente TUDO tinha de ser rosa...


Houve um tempo em que os golfinhos eram o centro do mundo da filha. Ela poupou durante imenso tempo para tirar uma foto e fazer festinhas aos golfinhos no zoomarine


Atualmente a música é a companhia diária da filha. Ela vive e respira música e todo o ambiente que as novas tecnologias lhe permitem

E eu tento sorver ao máximo todos os tempos dela. Porque todas as fases têm coisas boas e esta em especial tem feito crescer a nossa cumplicidade como eu nunca imaginei

Eu gosto de marcar as fases importantes dela. São só toalhas mas pensadas e feitas com imenso amor

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Do amor adolescente...


Ela - Mãe, eu gosto muito de ti!
Eu - Eu sei, filha, eu também gosto muito de ti!
Ela  - Eu sei que gostas, mas às vezes acho que te digo isso poucas vezes... (e dá-me um abraço apertado)

Eu sei que ela me adora, mas ouvir isto assim do nada desta pequena adolescente aquece-me o coração...

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A sério?! É que não concordo mesmo nada…


A minha filha anda no 8º ano e tem aulas até às 18:30. Ora, como tem 2 pais que trabalham, de manhã ou tem aulas ou vai para o ATL. Feitas bem as contas, a miúda está com a cabeça nos livros das 8:30 às 18:30…
Na última reunião que tive no ATL, os professores (do ATL) estavam a tentar convencer os pais que os miúdos deveriam fazer os TPC em casa e resumos aos fins de semana para durante o tempo que estivessem lá poderem trabalhar as matérias do ATL…
Eu – incrédula - estava a ouvir os professores a falarem e os pais calados… não cheguei a perceber se estavam a concordar com o facto de estarem a querer sobrecarregar ainda mais as nossas crianças ou se estavam tão incrédulos como eu.
O que é certo é que a partir do momento em que nós (eu e o hubby) nos opusemos, começou a ouvir-se vozes de apoio por todo o lado. Mas então o ATL não é para fazer trabalhos de casa, tirar dúvidas e ajudar os miúdos a ganharem hábitos de estudo?!
A minha filha sai de casa todos os dias às 8:30. Entre chegar a casa, tomar banho, jantar e fazer a mochila para o dia seguinte, sentamo-nos no sofá entre as 20:00 / 20:30… ía agora fazer os TPC’s?!
E tempo para relaxar e para tocar guitarra e para simplesmente pastelar no facebook e no twitter, ver uma série… acham que isso não é necessário?!
E passar os fins de semana também agarrados aos livros?! Não concebo uma rotina destas. Os miúdos têm de ter tempo para serem miúdos!
Na próxima semana ela vai ter teste de História e de Geografia. Este fim de semana vamos passar 2 horinhas a estudar História e Geografia, isso OK… mas só porque vai ter teste na próxima semana…
Há um conceito que eu faço questão que a minha filha acredite: Tu tens tempo para tudo. Tens tempo para estares com os teus amigos, com os teus pais e com a tua família. Há espaço na nossa vida para tudo, mas nas proporções certas.
Não é a abafarem as nossas crianças com trabalho que elas vão dar mais rendimento, muito pelo contrário, pode é levar à desmotivação total.
Será que sou eu que sou muito permissiva ou está tudo louco?!