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sábado, 19 de dezembro de 2015

Dos traumas de infância...

Eu tinha quase 5 anos quando fui pela primeira vez para o colégio. Até aí a Leninha tinha sempre estado debaixo da asa da avó que lhe fazia algumas vontades, como é o dever das avós, claro.

O colégio era de freiras e a única recordação boa que tenho é do sabor dos gelados de groselha que havia uma vez por semana. Era um sítio frio, as freiras não eram carinhosas, as meninas grandes que já andavam na 1ª classe eram más, principalmente a Rita, que me mordia e me tirou as amêndoas de licor que a minha mãe me deu. A minha única amiga era a Natacha e nós brincávamos durante muito tempo com uma tigela cheia de legos azuis e vermelhos que estavam numa estante.

Lembro-me perfeitamente do cheiro do refeitório. Cheirava a sopa. Sopa inteira. Sopa com couves que eu demorava imenso a comer porque cada colher que era obrigada a meter à boca ficava lá imenso tempo. As couves metiam-me nojo, não conseguia engolir sem me dar vómitos e quando ninguém estava a olhar, colava os fios que me enojavam debaixo da mesa. Odiava aquele horroroso colégio de freiras.

Nunca mais na minha vida consegui comer couves! Em minha casa há sempre sopa feita, mas a minha sopa tem de ser sempre passada e bem passada, senão mesmo passados 35 anos, continua a dar-me vómitos. Para mim, o bacalhau no Natal não tem couves, não suporto caldo verde, e o único legume do cozido à portuguesa é a cenoura.

Odeio as freiras e odeio as couves! Nunca lhes consegui dar uma segunda oportunidade...

Até agora...


Os legumes salteados têm sido o acompanhamento de muitas refeições  por aqui. Couve e cenoura finamente fatiadas vão para o tacho com um fiozinho de azeite e um dente de alho picado, no fim um pouco de vinagre e é só servir. O sabor afinal é bom! É saudável e aconchega a barriguinha. 

Afinal a Lena já gosta de couves... mas para já, só das minhas... 

As freiras, essas, ainda têm muito que andar para me conquistarem.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sabor a infância


Quando era miúda, de vez em quando a minha avó levava-me ao café a lanchar e eu queria sempre um pingo com uma palhinha (de palha mesmo, não de plástico como há agora) e uma tarte de amêndoa. Eram deliciosas!!!

O café entretanto mudou de donos e nunca, nunca mais comi uma tarte de amêndoa como aquelas... Base extra-crocante de uma espécie de bolacha e cobertura de amêndoa caramelizada estaladiça... Passou a fazer parte só dos meus sonhos...

Até agora...

Mal a vi no Pingo Doce, achei logo que devia ser semelhante às da minha infância. E não me enganei... Por momentos voltei a ter 8 anos e só me faltou o pingo clarinho para acompanhar ☺

Deliciei-me!!!