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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Finalmente Lena!!



Depois de anos e anos a cultivares a tua própria baixa auto-estima...

Mesmo depois de ouvires vezes sem conta que tu és especial e única, mas lá no fundo não o interiorizares por não conseguires ver isso em ti...

Depois de tantas e tantas palavras que escreves de auto-incentivo mas sem acreditares que se aplicam a ti a 100%...

É a melhor sensação do mundo começares a aperceber-te como estavas errada...

É a melhor sensação do mundo começares a ver as tuas coisas boas, aquelas que os outros sempre viram em ti, mas que sempre estiveram ocultas dos teus olhos...

Perdi tanto tempo a inferiorizar-me que agora só me apetece gritar ao mundo como me sinto bem...

Finalmente Lena!! Sim, finalmente, mais um ensinamento que tem de vir de dentro para fora...

E é uma sensação de bem estar e de paz incrível!!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Da (i)maturidade dos 40


Nunca pensei que aos 40 tantas das minhas certezas absolutas se esfumassem numa néoa transparente.

Sempre pensei que aos 40 já me fosse sentir uma senhora. Quando eu tinha 15 anos, uma senhora de 40 era velha respeitável e tinha ideias completamente diferentes das minhas; devia usar cabelos curtos com mise, vestir saia pelo joelho e calçar sapatos de tacão...

Eu aos 40 uso jeans, sapatilhas e t-shirts com bonecos.
Uma senhora de 40 anos devia usar uma carteira discreta em pele preta ou castanha...

A minha é da Charmmy Kitty
Sempre pensei que aos 40 mesmo apesar dos meus esforços, fosse sentir na pele a generation-gap com a minha adolescente de 13, tal como senti quando eu era a adolescente de 13... vai-se a ver, a primeira coisa que ela me diz quando chega a casa é: Mãe, updata-me... o que se passou hoje no Twitter? Há novidades?

Uma senhora de 40 anos devia discutir com a adolescente por ela querer encher o quarto com artistas da moda "essa praga que corrói as mentes adolescentes" pensaria uma senhora de 40...

Em vez disso, esta "senhora" de 40 dá ideias à filha, baba pelas fotos que ela escolhe e orgulha-se das ideias e ações que os ídolos dela partilham com os fãs. Quem me dera ter tido ídolos destes na minha juventude... crescer teria sido uma tarefa bem mais fácil...

Tempos houve em que eu valorizava os bens materiais. Comprar uma roupa, uns sapatos bonitos, fazer uma decoração nova na sala, tudo isto me fazia feliz; podia usar e admirar as peças todos os dias! True hapiness... não conseguia perceber como as pessoas gastavam tanto dinheiro em viagens, jantares e convívios se aquilo passava tudo num ápice... que desperdício!

Pois aos 40 eu quero é viver de emoções!!

Passar um fim de semana numa casinha amorosa só porque sim? Bora lá!

Bilhetes VIP para um concerto que queremos muito ir? Junta o guito e nem olhes para trás! Ah o concerto é em Madrid? Haja dinheiro para esta extravagância e aproveitamos para conhecer a cidade!

Uma senhora de 40 não deveria ter estes devaneios. Devia ser responsável e dizer à filha adolescente "Tem mas é juizo!" em vez de dizer "Vamos ao concerto em Madrid ou Barcelona?"

Quem diria, Sweet, viver de recordações, de momentos, de pequenos prazeres é um milhão de vezes melhor do que viver rodeada de bens materiais...

Este ensinamento veio com a (i)maturidade dos 40.

Aos 40 estou finalmente a viver a vida ao máximo sem me importar com opiniões alheias...e afinal não é errado pensar em mim primeiro de vez em quando...

Aos 40, mesmo com altos e baixos, consigo finalmente começar a aceitar-me como sou, sempre tentando limar umas arestas aqui e ali e ficar feliz com isso.

Porque eu quero ser feliz. Porque eu mereço ser feliz. Porque eu sinto-me bem com a pessoa que sou aos 40. Porque cada vez me sinto melhor na minha pele. Porque eu quero viver tudo o que tenho direito. Mesmo que não seja apropriado para uma senhora de 40.

Tenho para mim que nem aos 80 eu vou ser a típica senhora de 40 cujo retrato tracei na minha cabeça...

sábado, 23 de abril de 2016

Dos pequenos enormes prazeres da vida


Já me tinha esquecido do prazer enorme que é vestir a minha camisola da Minnie, as minhas calças de treino confortáveis, calçar as minhas sketchers fofinhas e sair porta fora numa manhã cedo de sábado com o sol ainda a espreitar envergonhado por entre as núvens...

Na varanda do 1o andar a vizinha tem todos os tapetes a arejar e começa a sua azáfama de sábado...

As persianas da minha casa permanecem fechadas, lá em casa a azáfama é bem diferente. Os dois ainda dormem, só eu saí para a rua ainda meia adormecida, mas já com os 5 Seconds of Summer a encher-me um dos ouvidos.

"Ah! Já me tinha esquecido de como adoro isto... " Não resisto e encho os dois ouvidos com os acordes da minha música preferida!

O ritmo da caminhada é ditado pela música...

Passos rápidos, ritmados e enérgicos quando a Permanent Vacation aparece no shuffle... pensamentos felizes, apetece-me saltitar, quase correr...

Passos mais lentos, pensamentos mais melancólicos quando os acordes da Amnesia se fazem ouvir... ainda assim, o prazer é o mesmo.

Parece patetice. Por vezes sinto-me uma adolescente de 16 anos a buscar prazer, companhia e o significado da vida na música... afinal aos 40 eu devia ser uma adulta mais adulta, mas no fundo continuo a sentir-me uma menina e sinto-me bem com isso.

Amanhã volto a sair de casa com as minhas calças confortáveis, as minhas sapatilhas fofinhas, a minha musica aconchegante... só eu e os meus pensamentos delirantes!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A primeira semana...


... do meu projeto Madrid correu bastante bem!

OK, o exercício foi o grande flop, mas para ganhar os pontinhos do dia até vinha com a garrafa de água para o sofá e pensava mais cuidadosamente na minha alimentação para compensar o ponto inexistente do exercício (fases...).

Como o objetivo era precisamente arranjar um mecanismo para me ajudar a manter o foco, acho que o resultado foi excelente.

14 down, only 86 to go...

sábado, 16 de abril de 2016

Eu posso parecer de ferro, mas por dentro sou de vidro


É surpreendente como a mesma pessoa pode vestir tantas facetas diferentes.

Eu, pelo menos.

Na minha vida profissional sou a Helena. Considero-me uma pessoa confiante, empreendedora, segura das minhas decisões, vou com elas até ao fim.

Na minha vida familiar alargada e para alguns amigos mais chegados sou a Lena. Considero-me uma pessoa um pouco fechada, que parece dar uma importância relativa às coisas, quando na realidade não é isso o que acontece. Gosto imenso das pessoas que me rodeiam, mas a capa que criei faz com que me seja difícil expressar isso mesmo.

Na minha vida familiar restrita sou a Mãe e a Lena. Considero-me o centro das decisões, planeio, organizo, invento, faço acontecer, amo, acarinho. Tenho imensas dúvidas como mãe, mas muito mais certezas de como quero ajudar a filhota a crescer. Sei que tenho feito um excelente trabalho.

Na minha vida virtual sou a Sweet. Considero-me pro-ativa, (auto) motivadora, pouco dada a auto-comiseração e a baixar os braços. É este o meu prazer secreto onde busco e ofereço conforto e motivação.

E depois na minha vida privada, aquela em que sou só eu e a minha consciência, sem ninguém à volta, sou EU. Continuo a considerar-me uma pessoa insegura, cheia de incertezas, mas também cheia de paixão pela vida. Quero viver plenamente, não quero deixar nada por fazer ou dizer; não me quero arrepender de nada, mas caso aconteça, que seja do que fiz e não do que não cheguei a fazer.

São estas facetas todas tão diferentes, que de algum modo se completam e formam a pessoa em que me tornei. E o estranho para mim é como me consigo sentir por dentro de uma maneira e transparecer para o mundo outra tão diferente.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

sábado, 9 de abril de 2016

Vamos lá tentar uma coisa diferente

Eu já ando nisto da reeducação alimentar há mais de 12 anos e já passei por todas as fases possíveis e imaginárias.

Com motivação máxima, sem motivação; com exercício diário, sem exercício nenhum; com alimentação impecável, com ataques de compulsão alimentar (moderados, felizmente); com perdas de peso fantásticas, com aumento de peso inexplicáveis; com balança diária, com balança semanal, sem balança; com medicação, sem medicação; com bom humor, com humor de cão a roçar a depressão...

De uma maneira ou de outra, passei por todas e acho que a bem ou a mal, todas contribuíram para eu me conhecer, reconhecer o que me faz bem ou mal e para continuar a construir o meu amor próprio que já esteve, um dia, num nível muito baixo.

Neste momento, estou numa fase de estagnação onde não me apetece estabelecer objetivos de perda de peso, não me apetece comprometer-me com nada, mas apetece-me imenso sentir-me novamente de consciência tranquila em como continuo a trilhar o caminho da vida saudável.

Vai daí e inspirada no comentário da Gorduchita, decidi dar uma ajudinha à motivação e estabelecer um compromisso comigo própria.


A 10 de junho vamos viajar para Madrid naquela que vai ser a nossa primeira viagem ao estrangeiro a três, para assistirmos a um concerto e conhecer a cidade nos entretantos. Assim, tenho cerca de 60 dias para conseguir juntar 100 pontos nas seguintes tarefas à minha escolha:

- 30 minutos de exercício = 1 ponto
- 2l de água diário = 1 ponto
- alimentação exemplar num dia = 1 ponto
- hidratação em todos os banhos da semana = 1 ponto

Ou seja, acabou a obrigatoriedade de qualquer tarefa, que é o que neste momento me está a incomodar. Como eu quero mesmo conseguir os 100 pontos, eu escolho a(s) tarefa(s) em que me quero empenhar diariamente.

É coisa capaz de resultar, estou entusiasmada com isto! O foco passa a manter-se nos pontos o que vai eventualmente levar a uma sensação de dever cumprido e consciência tranquila. Se a redução do peso for um dano colateral, melhor, mas não é de todo a prioridade...

3...2...1... Go!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Querida dieta,


 
Ultimamente tenho me sentido bem… em paz com o mundo… a vida corre-me bem… sinto-me feliz!

Baixei a guarda, relaxei e … refletiu-se na minha dieta no meu modo de vida.

 - Ah, hoje é que vai ser: 2 litros de água!
*bebe 2 copos e, e…*

-  Ah, agora que voltei a levar almoço de casa vou passar a comer melhor, sopinha, saladinhas variadas, frutinha...
*leva sopa de casa porque pelo menos tem o bom senso de fazer uma panelona ao fim de semana e vai ao Jumbo comprar uma empanada de atum ou um folhado de carne para acompanhar porque tem preguiça de fazer as tais saladinhas*

 - Ah, hoje além da sopa levo também o acompanhamento. Hoje sim, vai ser um dia exemplar!!
*contra todos os conselhos vai ao supermercado antes de almoçar e claro, como está a morrer de fome, traz umas bolachinhas porque “é só hoje”*

- Ah, que pena estar a chover… quando vier o bom tempo só me vão encontrar a fazer caminhadas à hora do almoço!
*Dia de sol – Aaaahhhh, hoje não me apetece… deixa cá ver que novidades há no Twitter / Facebook / Instagram / Snapchat…*

Basicamente tem sido isto, mais coisa menos coisa…

O hubby diz “São fases, quando deres por ela vais andar aí a matar-te na elítica e a comer alfaces às dúzias outra vez…” (Será?! Já tenho sérias dúvidas que isso vá voltar a acontecer um dia…)

A filhota diz “Mãe, não achas que já comeste chocolate suficiente hoje?!” (*Shame*)

Eu digo “Volta motivação, preciso imenso de ti!!" Não tarda o bem estar e a paz que sinto neste momento vão ser assombrados pelos demónios do descontrolo do passado e isso é o que eu menos quero na vida.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

De coração cheio


* Conversa com a filha sobre eu gostar da música que é neste momento o mundo dela, nomeadamente 5 Seconds of Summer - que adoro de paixão - R5 e ultimamente One Direction * :

Ela: Eu gosto que tu gostes das mesmas músicas que eu... Faz-me sentir que somos mais unidas por partilharmos os mesmos gostos...
Eu: A sério?! Não tens vergonha que as tuas amigas te chamem menina da mamã? Ah e tal ela vai a concertos com a mãe e ao cinema com a mãe, que mimalhona... não tens medo que te vejam assim?
Ela: Quero lá saber o que os outros pensam! Gosto de poder falar contigo sobre estas coisas e de partilharmos tudo isto.
Pai: As amigas devem é ficar com inveja de não terem uma relação destas com a mãe...

Só posso estar de coração cheio!!... Lembro-me bem de ter 13 anos e a relação que tinha com a minha mãe era tudo menos isto...

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A melhor sensação da vida...


Paz interior.

Sentir o que sente aquela florzinha tão singela que é suavemente abraçada pelos primeiros raios mornos do sol de março...

Sentir o que sente a borboleta quando finalmente sai do seu tosco casulo para viver em pleno a sua bela vida...

Sentir o que sente a terra árida e ressequida pelo calor tórrido do verão quando é acariciada pelas primeiras gotas das chuvas de outubro...

Sentir o que sente a folha amarelada quando finalmente dá por concluída a sua bela vida e se liberta do ramo que sempre a prendeu e aproveita a breve sensação de liberdade ao ser levada suavemente pelo vento do outono...

Sentir que aos quarenta estou finalmente a viver a vida com a tranquilidade que sei que mereço.
O filme que passava em loop na tela enrugada da minha mente tem vindo aos poucos a dar lugar a um outro que deixa para trás algumas inseguranças e incertezas e que tem a Sweet no papel principal.