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terça-feira, 3 de abril de 2018

Treat people with kindness

Há pessoas que têm o dom de dar voz aos nossos sentimentos.


Há pessoas que conseguem fazer com que sonhemos com um mundo melhor. E não precisam de ser pessoas muito vividas, às vezes são só pessoas simples, com um sonho e alguma influência.


Essas pessoas têm o imenso poder de mover o mundo. Têm o poder de aproximar outras pessoas que de nenhuma outra maneira se iriam conhecer.


Tenho uma ligação única com pessoas das mais diversas partes do mundo, partilhamos um amor comum. Tal como eu, sentem-se incompreendidas por dar ouvidos a um puto novo e que também ouvem o não é para a tua idade. Estas são as pessoas que me fazem sentir que afinal não sou uma ave tão rara, há mais como eu e não tenho de sentir vergonha por adorar este puto novo. Compreendemos a 300% a paixão por ele e partilhamo-la.


E isto não é crise de meia-idade nem tem a ver com querer ser a melhor amiga da minha Bia adolescente,  de a compreender melhor, de querer ser a mãe fixe.

Nada disso, Tem a ver com gostar de alguma coisa, ultrapassar preconceitos e abraçar com liberdade o amor pela música e pelo músico.


Tem a ver com o idolatrar o conceito de vida dele, o amor pela música, pelo ideal do Love is love, do Treat people with kindness, do Love yourself, do You are beautiful in your own way.

Tem a ver com acabar com ideias pré-concebidas. Antes de o conhecer, achava que ele era um puto oco, convencido, nojento e cheio de fama. Nada mais longe da verdade. É uma alma generosa cheio de princípios e de ideias para tornar o mundo um lugar melhor.


Sei que esta fanzone está normalmente reservada aos adolescentes e se calhar é mesmo contra isso que a minha própria mente batalha, para quebrar o preconceito.

Mas sabem o que mais? Se me dá prazer, eu não vou abrir mão. Se é algo que me une ainda mais à minha filha, é só mais uma razão para eu aproveitar.


O engraçado é que eu comprei os bilhetes para mim e para a Bia no primeiro minuto em que foram postos à venda, ficámos na fila 13, nuns lugares bastante bons. Há 2 semanas atrás o hubby disse que estava arrependido de não ter comprado bilhete para ele e eu fui pesquisar: encontrei 1 lugar sozinho na fila 6 :). Fiquei eu com ele depois de muita insistência da Bia, que queria que eu vivesse a melhor experiência no espetáculo. Afinal este concerto era meu!


Luzes apagadas, som no máximo e eu chorei, eu gritei, eu saltei, eu dancei... eu chorei mais, eu gritei mais, eu saltei mais e senti uma alegria imensa. Eu pegava no telemóvel por breves instantes para capturar alguns momentos, mas depressa o guardava para apreciar o momento.

Foi bom. Foi muito bom...

No fim da noite, já na cama, ela abraçou-me e disse Estás feliz? - Estou, estou muito feliz! Quero muito ir outra vez, mas por agora estou feliz. E agarrou-se a mim num abraço muito sentido.

Eu sinto a felicidade da inocência de uma adolescente, mas na pele de uma mulher madura. Não é para a minha idade?! Foda-se lá o preconceito, se me faz feliz, eu não vou abrir mão... 


2 comentários:

  1. Acho que fazes muito bem! É tão difícil encontrar algo que nos faça assim felizes, por que haverias de abdicar dela? :)

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  2. E a ideia é mesmo essa! Nós é que sabemos o que gostamos, nós é que sabemos o que sentimos! E se a faz feliz então está tudo bem!https://jusajublog.blogspot.pt/

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