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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

No fundo, no fundo, é maravilhoso!


Acordei mal-disposta, enjoada, com cólicas... E sei perfeitamente que foi dos abusos de ontem!

O hubby fez 45 anos e apesar da grande festa ser só no próximo fim de semana para juntar o aniversário dele ao da princesa, ontem festejamos a três.

Houve frango assado com castanhas para o almoço e uma pequena torta para sobremesa. E houve tripa enfarinhada bem fritinha para o jantar, que eu adoro, mas que como muito raramente!

Se antigamente este tipo de comidinhas passavam pelo meu corpo naturalmente, agora que faço uma alimentação mais leve, deixa mossa no organismo e é ver-me aqui de caneca de chá em punho a tentar limpar isto um bocadinho.

E no meio da agonia, fico radiante por o meu corpo agora conseguir dar-me este tipo de alerta. A mim, que nunca tive este travão, que era um poço sem fundo para todo o tipo de porcarias doces e salgadas.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Das resoluções da rentrée


Nesta rentrée depois de férias tomei duas resoluções:

Uma delas foi 'forçar-me' a ir fazer pelo menos uma caminhada por semana à hora do almoço à beira mar para repor as energias positivas que o mar me transmite. Check esta semana e Check também na semana passada, sendo que houve duas caminhadas extra ao final do dia também na praia, mas em família.

A segunda foi deixar de aproveitar todos os restinhos de comidas para os meus almoços. Às vezes era cada mixórdia que trazia e com qualidade algo duvidosa que enfim...

Optei por adiantar os almoços ao fim de semana com coisas mais para o esquisito que gosto bastante, mas que normalmente não faço para a família e faço logo para 3 refeições, uma vez que não me importo de repetir refeições.

Por exemplo, na semana passada foi cebolada com batata doce e ovo escalfado com bastante vinagre - é delicioso!! - e esta semana foi couscous com cogumelos frescos e brócolos com vinagre balsâmico, que também ficou uma delícia.

Obviamente que se me sobrar uma refeição em condições, não deito fora.

Do fim de semana sobrou-me um bom pedaço de puré e um bom bifinho do lombo que ia comer hoje... só que o puré estava azedo! Acabei por comer só o bife, acompanhei com mais fruta do que o normal e algumas bolachas (foi o possível).

Conclusão: estou com uma sonolência e uma moleza que nem é bom! Já há quase 15 dias que não me sentia assim, o que me leva a crer que foi o tipo de almoço que fiz (com uma sobrecarga de açúcar) que deixou o meu corpo assim molengão.

Engraçado que já me tinha sentido assim diversas vezes, mas nunca tinha relacionado uma coisa com a outra.

Esta é uma das bases da alimentação intuitiva: ouvir o nosso corpo e adaptar a alimentação às suas necessidades e fico verdadeiramente feliz por estar a conseguir seguir este caminho intuitivamente.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Das primeiras vezes


A princesa foi a uma festa de 16 anos de uma amiga. Pela primeira vez à noite, uma dúzia de adolescentes sozinhos.

No dia seguinte:
- Então filha, divertiste-te?
- Sim, fomos jantar ao McDonalds e depois fomos passear na marginal de Matosinhos (até cerca das 2 da manhã quando o pai a foi buscar)
- E não foram prós copos? (digo eu totalmente na tanga)
- Eles sim, ela levou uma garrafa de vodka preta!....
(eu incrédula!)
- E tu bebeste?
- Eu?! Eu vou ser virgem para sempre!!! Nem coca-cola bebo!!

O que eu me ri depois de me ter passado a admiração total por a mãe da miúda - de 16 anos - lhe ter dado uma garrafa de vodka para partilhar com os amigos.

Chamem-me antiquada, mas parece-me mesmo muito cedo.

Sei que há muitos miúdos mais novos até que já bebem e sabe-se lá o que mais, mas eu olho para a minha filha, sei o feitio que ela tem e sinto que ainda está a anos luz dessa fase da vida!

terça-feira, 4 de setembro de 2018

No Expresso (é tão importante falar sobre isto!...)

Não é um incentivo à obesidade, é um elogio à dignidade

Tess Holliday tem 33 anos e, sim, é obesa. Mas mais do que isso é uma pessoa, e estrela das redes sociais graças à sua mensagem de diversidade. Este mês faz capa da Cosmopolitan UK e basta ver a discussão em torno disto para perceber que capas assim fazem falta. Porquê? Porque ao contrário do que muitos apregoam, esta escolha não é um incentivo à obesidade. É, sim, um elogio à dignidade, ao respeito e ao direito de se existir e de se ser livre, independentemente do corpo que se tem.
É interessante percebermos como uma capa com uma mulher com estas dimensões corporais tem o condão de espoletar um chorrilho de comentários de suposta preocupação quanto à saúde e à normalização da imagem das pessoas obesas. Como se estas pessoas tivessem de ser escondidas numa cave para o bem da saúde pública, em jeito de travão da possível influência nefasta que podem ter nos nossos adolescentes. Pergunto-me sinceramente quantas destas pessoas terão parado para se preocupar ao longo das últimas décadas com as milhares de capas que foram feitas numa apologia grave à normalização da beleza e da estética do corpo. Corpos invariavelmente estereotipados e reproduzidos em imagens transformadas em Photoshop, e depois amplamente distribuídas. Sem qualquer preocupação social, por mais que tenham tido – e ainda tenham - o condão de provocar verdadeiras frustrações e inseguranças em massa a miúdas e mulheres mundo fora que desejam ter aqueles corpos irreais. Não será isto também um verdadeiro perigo, embora socialmente aceite?
 
 
Se nos queremos preocupar com a saúde e bem-estar das pessoas obesas, talvez fosse mais produtivo começarmos por ouvi-las e vê-las enquanto pessoas no seu todo, por exemplo. Por lhes dar espaços para existirem na sua individualidade, sem serem insultadas, gozadas ou alvo de críticas e opinião alheias que não pediram a ninguém. Poderia também ser mais importante falarmos sobre o enorme isolamento que muitas destas pessoas sofrem graças ao preconceito social. Ou à quantidade de depressões severas que sofrem à conta desta repressão constante, mesmo junto de alguma classe médica. Não é certamente a excluir ou a repudiar que se está a ajudar na abertura de um diálogo construtivo sobre isto, diria eu.
 
Contudo, esta capa de revista feminina também não é sobre saúde, é sobre beleza. Mas parece-me que quando há gordos ou obesos à mistura nestas temáticas da estética, as pessoas tendem a misturar as coisas e a ficarem indignadas. O mesmo com outras condições físicas que fogem à tal norma da beleza, como as malformações ou amputações, as cicatrizes, o envelhecimento, os pelos, etc. Simplesmente porque o preconceito estético nem lhes permite imaginar que aquela mulher só está na capa daquela revista porque é considerada bonita. Sim, uma obesa considerada bonita e inspiradora enquanto destaque editorial.

“Os gordos são desmazelados e preguiçosos”, e outros preconceitos

Esta capa com a Tess Holliday revelou-se um belo exercício de reflexão não só quanto à força dos preconceitos estéticos, mas também quanto ao tabu e desinformação que existe em torno da obesidade. A construção social feita sobre esta condição médica, e as suas causas, remete-nos para a ideia do descontrolo.
 
Continuamos a achar que as pessoas que sofrem de obesidade não têm uma doença. E vaticinamos que têm, sim, uma simples atitude desmazelada perante a vida. Que são preguiçosas, gulosas, que não querem saber dos seus corpos e que têm simples comportamentos compulsivos em relação à comida. Mas por mais que estas ideias pré-concebidas tenham muito de falaciosas (leiam um bocadinho sobre obesidade em publicações científicas para perceberem melhor), tudo isto entra na esfera do socialmente reprovável, principalmente porque é uma condição de saúde externamente visível. Se é possível manter longe de olhares alheios os danos físicos provocados por outros problemas, neste caso não é. E a partir do momento em que isto é visível, quem olha sente-se muitas vezes no direito de julgar, invariavelmente num tom presunçoso, a roçar o paternalista. Os comentários a esta capa da Cosmopolitan são um belíssimo exemplo disso.
 
Sim, o excesso de peso – que não é a mesma coisa - está associado a maus hábitos de vida, como o sedentarismo e uma dieta desequilibrada, e é meio caminho andado para a obesidade. E sim, a obesidade acarreta uma série de perigos para a saúde a médio e longo prazo. A questão é que nada nesta capa ou artigo diz que é bom para a saúde ser-se obeso. Nem em momento algum incentiva quem lê a engordar como se isso fosse uma meta positiva. Por outro lado, tanto a escolha editorial (por mais que seja estratégica em termos de marketing, mas isso é outro tema) como as declarações de Tess Holliday incentivam a que todas as pessoas se sintam no direito de aceitar os seus corpos, de sair à rua sem vergonha social, de se sentirem livres para se expressarem nas várias dimensões das suas vidas e serem vistas também fora das quatro paredes das suas casas.
 
Simbolicamente, esta capa deixa claro que não é apenas a aparência do nosso corpo que nos define enquanto pessoas, nem que nos condiciona nas nossas escolhas enquanto cidadãos que têm como pilares base da vida em sociedade o direito à dignidade, ao respeito e à liberdade. Mas o que muita gente parece não perceber quando debita sentenças e bitaites sobre a aparência dos demais sem que a sua opinião tenha sido pedida, é que está a pisar as fronteiras da individualidade daquela pessoa, privando-a precisamente destes direitos básicos.


 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Panquequinhas


Inventei estas panquecas para começar a acabar com uns restinhos que andavam perdidos no frigorífico:

1 ovo
1 c. sob. manteiga de amendoim
2 c. sob. doce de abóbora
2 c. sob. puré de maçã
1 c. sob. maizena
3 c. sopa farelo de aveia
Leite qb

Misturar tudo e cozinhar numa frigideira untada com óleo de côco em lume brando.

Deu para 12 panquequinhas que congelei separadas por papel vegetal para quando quiser num pequeno almoço ou num lanche.

Ficaram ótimas!!

sábado, 1 de setembro de 2018

Três semanas


Foram três semanas repletas de mimo, de praia, de piscina, de relax, de sono em dia, de passeio, de leitura, de pores-do-sol, de colorir desenhos, de ver maratonas de Friends, de rever filmes da infância da pequena e papar episódios da Anatomia.

Ao contrário do passado, foram almoços descontraídos e sobremesas sem remorsos, foram idas matinais à piscina só eu e o meu livro sem preconceito do meu corpo, foi aproveitar praia e piscina sem me retrair com o meu aspeto.

Se antes de férias sentia a minha mente como um mar revolto cheio de ondas, hoje sinto-a um mar calmo com ondulação suave. Queria muito manter este estado zen durante bastante tempo, não ceder ao stress e alimentar a minha mente nesse sentido, afinal tenho o mar aqui tão perto...

Hoje é 1 de setembro, para mim conotado desde sempre como 1º dia oficial da dieta, da pesagem, de definir números e novas rotinas de alimentação e exercícios.

Não este ano.

Hoje é dia 1 de setembro, dia de recomeçar sim, mas não a dieta. É dia de voltar sim à alimentação mais saudável, mas só porque o meu corpo pede isso mesmo, pede um descanso das sobremesas gulosas e pede que o hidrate mais.

É dia de fazer o meu corpo voltar à rotina não porque o quero castigar dos abusos das férias, mas sim porque ele merece que o trate o melhor possível para lhe agradecer o que faz por mim.

É um pormenor na linha de pensamento mas que faz uma diferença enorme no resultado. Vamos lá