Cá em casa os fritos foram praticamente abolidos.
Desde que começamos a prestar mais atenção à nossa saúde, começamos a reduzir aos poucos e é com prazer que digo que não sentimos a sua falta e que inclusivamente quando comemos alguma coisa mais gordurosa, ficamos até um pouco enjoados.
Devo gastar pouco mais do que uma garrafa de óleo por ano, incluindo para fazer as rabanadas no Natal. Privilegio muito mais o azeite e mesmo assim uso mesmo muito pouco nos refogados ou salteados.
Aprendemos a gostar de comer assim e minha pipoquinha está assim habituada desde pequenina.
Não é portanto de admirar que quando comemos fora de casa, as refeições nos pareçam sempre mais pesadas e até enjoativas. É incrível o que pequenas alterações aos nossos hábitos fazem de bem à nossa saúde.
Esta semana fui jantar a casa dos meus pais e a ementa era bacalhau com broa e batata a murro. Enquanto alguns diziam que o bacalhau alto estava bom e o mais baixo estava insosso, eu sentia-me a lamber um bloco de sal. Enquanto alguns iam com a colher buscar molho para por nas batatas, eu sacudia-as para me livrar do azeite que tinham. É que o azeite é uma gordura saudável, mas não deixa de ser uma gordura.
Decididamente o meu paladar está bem-educado! E os de lá de casa partilham a minha opinião.
Claro que não é da noite para o dia que isto acontece, mas reduzindo aos poucos, vamos criando hábitos mais saudáveis.
Eu, por exemplo adoro rissóis, mas habituei-me a fazê-los no forno. A pipoca, que também os adora, continua a preferi-los fritos, então, chegamos a um acordo: come uma vez fritos e outra vez no forno… um dia chegamos lá!
Porque é preciso amarmos o nosso corpo, não só gostarmos da imagem que o espelho reflete de volta, mas também tratá-lo com o respeito que ele merece.